quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Onde Está Meu Príncipe Encantado?


Onde Está Meu Príncipe Encantado?
Documentário/ 2008/ De Erin Brown

Surpresa interessante hoje na GNT. Li sobre o filme em um site e resolvi conferir. Não é que valeu a pena?

Onde Está Meu Príncipe Encantado? Se trata de um documentário realizado por Erin Brown, jovem que conduz e serve de exemplo/personagem principal para o filme que analisa a influência de livros e filmes femininos na hora da “mulher comum” escolher o seu príncipe encantado. Ele existe? As mulheres são exigentes demais? O que se procura é irreal ou é realmente plausível?
Para abordar os temas relacionados ao assunto, Erin baseia sua saga em busca do seu próprio príncipe encantado, nos depoimentos de especialistas e estudiosos como psicólogos e entrevistas de escritoras da literatura feminina. Além de contar também com os depoimentos de homens e mulheres “comuns” que analisam situações-exemplo e narram algumas de suas próprias histórias e expectativas.
O foco principal da narrativa é mostrar como a cultura pop feminina (livros, televisão, filmes e revistas) influencia as expectativas das mulheres em relação ao amor. Como o que lhes é apresentado pela mídia, com uma roupagem perfeita e belíssima, eleva o padrão da procura e torna tudo mais difícil. Uma vez que a vida real não se encaixa nas histórias inventadas. A vida real conta com as partes excluídas durante a edição de um filme, por exemplo. Mas isso não quer dizer que não possa haver amor no dia-a-dia fora das páginas de um romance ou das telas de cinema. O problema é o que se espera e se sonha sobre o assunto e como o desejo pelo irreal pode mascarar o que de bom aparece na vida de alguém.




O filme é construído de maneira simples e didática. Erin apresenta o ponto de partida da história: quando um ex-namorado a acusou de não aceitar menos que um homem capaz de fazer as loucuras de uma comédia-romântica. E o desenrolar da sua busca pessoal a partir do rompimento, passando por todos os estágios necessários quando se procura alguém decente. Nesse caso, O amor da sua vida. Ou quando se espera que isso aconteça, pelo menos. A história universal, não é?
Para isso ela ilustra o filme aparecendo nele como elo e narradora. Ao invés de utilizar offs (quando alguém narra a história sem aparecer diante da câmera) ela opta por “estrelar” o filme e disparar textos que servem de trampolim para o que se está sendo discutido.
Esse tipo de narrativa é comum e coloca o realizador como personagem-chave para o enredo. Além disso, algumas animações em 2D são utilizadas para ilustrar e dinamizar a obra.
Paralelamente, especialistas e pessoas “comuns” costuram o enredo e se posicionam em relação ao que se discute na tela. Os depoimentos são apresentados de maneira dinâmica.
Simples e divertido. Essas são as palavras corretas para Onde Está Meu Príncipe Encantado? Muito atraente para as mulheres, especialmente para as que gostam da literatura e do cinema feminino. Mesmo para as que apenas se divertem com isso, sem criar expectativas em relação ao romance. Bom, encaixando-se ou não no perfil apresentado o filme diverte.

Agora? Dido (álbum No Angel).

Relendo Melancia (Marian Keyes) – que coincidência! Levando em consideração o filme de hoje e de que a própria escritora foi uma das pessoas entrevistadas no documentário.

Um comentário:

Patrícia Lara disse...

Olá!

Encontrei o seu blog por acaso e adorei tudo por aqui.
Realmente, esta temática do Príncipe Encantado é muito interessante. Creio que essa expectativa nasce já quando ainda somos crianças, por meio dos contos de fadas. É um mundo lindamente ilusório... eu diria "cor-de-rosa" e tem um peso cultural muito grande para ser quebrado assim, de uma hora para outra.

Vou procurar este filme. Obrigada pela dica!
Parabéns pela postagem e pelo espaço.
Um abraço,
Patrícia Lara