terça-feira, 28 de abril de 2009

Cine PE – Dia 2

Cheguei em casa à pouco, idéias ainda frescas na cabeça. Definitivamente um segundo dia muito morno, ainda mais se comparado à noite de ontem.

Mais uma vez não pude ficar para assistir ao longa, creio que isso vá se repetir durante toda a semana. A não ser que:

a) Eu ganhe na loteria e compre um carro daqui para domingo;
b) Receba uma herança de um tataravô rico do qual não tenho conhecimento;
c) Case com um senhor perto da morte, mas bem de vida ou
d) Uma pessoa em busca da paz espiritual me encontre na rua e, a fim de se desfazer de seus bens, resolva me entregar as chaves e os documentos do seu carro. Ops! Deste símbolo do capitalismo...
Será?
Então... A noite teve início com um filme que está fora da competição: “Nossos Ursos Camaradas” que foi dirigido pelo cineasta pernambucano Fernando Spencer.
Após as apresentações do segundo dia, a mostra competitiva teve início.

** Curtas Digitais:

* Nello’s (documentário / SP)
“Nello de’Rossi foi ator na Itália antes da 2ª Guerra Mundial e garçom em Nova York por quase 30 anos. Chegou ao Brasil nos anos 70, abriu seu próprio restaurante e se mudou para São Paulo, retomando a carreira de ator, diretor e produtor. Através da memória, fazemos um percurso na vida de Nello, passando por tantas histórias de cinemas e restaurantes.”

* Teteco (ficção / RJ)
“ Homem que é louco por desculpas provoca situações dentro de um ônibus e não mede esforços para satisfazer seus desejos.”
Proposta interessante já que foi completamente realizado com câmeras de celulares, mas apesar disso, enquanto roteiro não surpreende tanto. Em compensação, a montagem foi feliz e a sensação de que aquilo é real foi alcançada.

* Eiffel (documentário / PE)
“ Crônica músico-visual de uma cidade.”
O curta faz sua crítica às torres gêmeas do Recife. Diante de um grande público de pernambucanos, Eiffel arrancou muitos aplausos e exclamações contrárias ao monumento, logo à favor do filme. Simples, mas direto e incisivo.


* 6.5 Megapixels (Ficção / CE)
“ Uma tentativa de capturar a verdadeira imagem da cidade.”
Ok, mais uma proposta inovadora...

** Curtas em 35 mm:

*Selos (ficção / CE)
“Odilonzinho não sabia de onde vinham os selos, mas sabia por onde eles chegavam. Chegavam no quente da manhã ou ao pôr-do-sol, chegavam do começo da rua, que era estrada para qualquer lugar do mundo, e chegavam pelas mãos daquele carteiro.”
Contemplativo e sem trilha sonora. Proposta interessante, mas faltou alguma coisa.

* Distração de Ivan (ficção / RJ)
“ Cotidiano de Ivan, um menino de onze anos, morador de Brás Pina.”
Legal, mas sem muita expressão. O garoto que interpreta Ivan é muito bom.

* Muro (ficção / PE)
“ Alma no vácuo, deserto em expansão.”
Antes de mais nada: que sinopse é essa?
Ok, em frente: não sou intelectual. Não entendi, embora tenha desenvolvido alguns conceitos para certos trechos. Mas quer saber!? Gostei! Tecnicamente impecável, atuações belíssimas e cenas lindas! E, pelo menos, os questionamentos levantados para mim valeram a pena.

Homenageada de hoje: a atriz Dira Paes.

Longa desta terça-feira: Mistéryos (ficção / PR).
“Há os que dormem. Há os que não. Presas da insônia, da falta de ar, de urina solta, dos gases intestinais, das dores reumáticas, das tosses noturnas, da bronquite, do remorso do medo.”

De ontem para hoje: queda. Aplausos menos calorosos e filmes bem menos interessantes. O que a quarta-feira nos reserva?

Agora? Mombojó (Nadadenovo).

PS) Perdoem a falta de imagens. Culpado: computador lerdo.

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