O banal vem e preenche cada segundo das intermináveis horas. Elas que aprisionam, maltratam, atrofiam e ferem. O maior milagre sendo diariamente violentado pelo ordinário. E todas as possibilidades do incrível sendo soterradas pelo mundano, pela lama, pelas amarras e pelo pior carrasco de todos, a mente encerrada nas próprias barras. “A frustracao”, ela disse, “é um tipo de doença, assim como a solidao”. Estava doente então, muito doente. Mas sorria. Contava os segundos e abominava o comum. Ainda assim, matinha-se presa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário