terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Revivendo a infância - caverna do dragão


Caverna do Dragão (Dungeons & Dragons) se trata de uma série de desenhos animados baseada em um RPG homônimo. Produzida nos anos 80, a série conta com 27 episódios distribuídos em três temporadas.

Na trama, após ingressar em uma montanha russa de um parque de diversões, seis jovens atravessam um portal que os leva a um mundo repleto de magia, um reino medieval. Nessa nova realidade o grupo conhece o Mestre dos magos, um enigmático bruxo que os auxilia nessa aventura. Os seis recebem armas mágicas que os ajudarão a enfrentar situações complicadas e muitos perigos na tentativa de retornar para casa. Além disso, eles ainda se tornam alvo do Vingador, mago que pretende não apenas roubar suas armas, como também derrotar o Mestre dos Magos e assim dominar o reino.

Apesar de ter sido veiculado originalmente há mais de 20 anos, entre 1983 e 1986, o desenho continua figurando como um dos mais marcantes e lembrados até hoje por muitas gerações, graças às reprises. No entanto, o fato mais intrigante a respeito da série é a ausência de um final. Após acompanhar as aventuras dos seis jovens através dos mais de 20 episódios, a sua conclusão nunca foi realizada. O que gerou – e ainda gera – muita especulação por parte dos telespectadores.

Pois bem, não se sabe muito bem como, mas de alguma maneira estou conseguindo um tempinho diário para rever a série em questão, clássico dos anos 80 e um dos representantes dos meus desenhos preferidos de todos os tempos. Claro que são doses homeopáticas através das semanas, mas mesmo assim, estou revendo. Até porque na época em que assistia às reprises nem sei se cheguei a ver tudo. Também não via em uma ordem precisa, mas enfim.

É engraçado revisitar uma obra como essa que marcou a sua infância e que, obviamente, volta à sua mente através dos olhos de quem a assistiu anos atrás. Ao retornar a ela com os olhos de agora muita coisa muda.

Naturalmente a animação em si está muito distante do que se faz atualmente, mas não é exatamente sobre a parte técnica que estou falando. O que mais chamou a minha atenção foi a narrativa do desenho.

Tudo é extremamente verbal, quase não há ação (limitação da técnica) e muito do que acontece é explicitado através da fala. Chega a ser redundante.

É sabido que qualquer obra deve ser analisada de acordo com a época em que foi produzida e sob que condições, mas isso não se trata de uma análise. Trata-se do retorno de alguém que curtia o desenho. E, quer saber? Tem sido interessante. É como o que acontece comigo ao visitar uma tia minha. No quintal da casa dela havia uma espécie de batente no qual eu subia com os meus amigos quando criança para ver o imenso quintal da casa que cercava o prédio. Era tudo tão grande e difícil! Para escalar o tal batente então, haja energia! Tínhamos que nos apoiar na estrutura metálica que ficava ao lado para que pudéssemos conseguir, uma aventura. Hoje em dia o tal batente é minúsculo e a perspectiva é outra. Mas isso não quer dizer que ele tenha perdido a sua importância ou mesmo a admiração.

Um comentário:

Hugo de Oliveira disse...

Marcou muito a minha infância...nossa gosto demais.


abraços
de luz e paz