segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Un padre de película (Antonio Skármeta)

Durante as minhas férias adquiri mais três livros, como já havia comentado. Na verdade, não conhecia nenhum deles previamente e os escolhi apenas durante visitas às boas e companheiras prateleiras de livrarias e stands de aeroportos.

O primeiro foi Un padre de película (Antonio Skármeta). A verdade é que esse me conquistou instantaneamente. Já falei por aqui como certas descrições de obras me encantam de primeira, então. Depois de ler essa não tive dúvidas:

“Querido leitor, querida leitora,

O livro que você tem agora mesmo em suas mãos é tão especial que preferimos não revelar nenhuma linha do seu conteúdo para que, assim, você descubra toda a sua magia por você mesmo.

Mas, por quê escolher esse livro? Só te diremos que por muitas razões, porque...

Ele te transportará a uma aldeia mágica.
Ele te apresentará uma história íntima.
Seus protagonistas o comoverão.
Ele te envolverá com o seu aroma cálido.
Ele te fará sonhar.
Ele te encherá de ternura.
Ele despertará múltlipas sensações.
Ele te fará crer no impossível.
Ele te reconciliará com o mundo.
Ele te arrancará uma lágrima.
Ele te roubará um sorriso.
Ele te faré um pouquinho mais feliz.

Antonio Skármeta assina uma fábula comovedora para ser lida e degustada durante muito tempo.” (tradução livre)

Não pensei duas vezes. Escolhi esse e levei comigo. Eis que essa semana decidi lê-lo. Essa é uma obra singela e pequena em seu tamanho, mas também bastante delicada e abrangente na sua interpretação.

Jacques é um professor de 21 anos de uma pequena aldeia que observa estar vivendo passivamente. Quase que por acaso ele descobre que a sua vida envolve fatos misteriosos que mudarão a sua maneira de ver o mundo. Diante de novos confrontos ele decide tomar as rédeas da situação e se tornar um ser atuante ao invés de um mero espectador.

O livro trata portanto de descobertas. Desde as mais objetivas que envolvem revelações sobre o pai e conhecidos do protagonista até às mais sutis que dizem respeito ao amadurecimento pessoal, ao conhecer-se e decidir como se deve ser e agir e também às descobertas sexuais.

A narrativa é simples, direta e pessoal, quase como um relato.

As 147 páginas são breves e sucintas, mas conseguem despertar ternura e interesse.

Confesso que depois de ler a já citada descrição eu esperava ainda mais, mas eu tenho mesmo um problema sério com expectativa. Sempre que crio alguma não consigo atingi-la. Sendo assim, eu já esperava terminar a leitura com essa sensação. Mas me envolvi com a jornada de Jacques, um personagem simples que se descobre através dessas páginas.

Uma caminhada bonita.

Agora? Backstreet Boys.

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