terça-feira, 14 de setembro de 2010

Das crises universais


As pessoas costumam estabelecer metas e idealizações que, muitas vezes, têm como prazo de validade um determinado ano, ou melhor, uma idade específica. Eu não sou diferente.

Talvez não seja como a maioria que estabelece diversas metas para cada etapa ou que adia o prazo quando as coisas não acontecem como o desejado.
No meu caso, a minha meta era muito simples e muito clara. A data limite? Os tais 25 anos.

Eis então que estou eu no auge das minhas crises internas e do meu inferno astral já que os tais 25 estão prestes a acontecer (mais especificamente no próximo dia 23) e, bem, as metas estão longe de serem cumpridas...

É aí que, hoje, me deparo com um ótimo texto no A Prancheta que trata justamente sobre isso, só que a respeito de uma faixa etária diferente. Qual foi a minha surpresa!

Compartilho:

"Crise dos 30?

Eu nasci em dezembro de 1980. Ou seja, no final deste ano, completarei 30 primaveras. E entrarei na famosa “crise dos 30”. Correto? Não exatamente. Na verdade a crise dos 30 começa quando você completa 29 anos. Ou seja, a minha já tem, errr… 9 meses.
Comecei a lembrar de como eu me via aos 30, quando tinha 17 anos: casada, mãe de um filho, com cargo de diretora, apartamento próprio, com um cachorro de estimação e TV a cabo.

Hoje, à beira dos 30, eu sou: solteira, sem filhos, com cargo de supervisora, apartamento alugado, sem bichos de estimação mas… com a TV a cabo!
Aí, numa situação como a minha, você tem três caminhos: ou surta, ou faz uma força-tarefa para conseguir tudo o que “falta “em 3 meses, ou pára, respira e tenta analisar porque o seu ideal de mulher aos 30 anos é tão diferente do seu status de mulher de 30 anos.

Eu parti pro caminho da análise e, depois de muita reflexão, desabafos com amigos e questionamentos na frente do espelho, cheguei a algumas conclusões:
1. Na maioria das vezes nós idealizamos um futuro baseado no que é um padrão de felicidade. Algo que a gente conheça, uma referência. Eu cresci rodeada por amigos dos meus pais, todos casados e com filhos, vivendo suas vidas felizes. Não tinha como ser diferente.

2. Os 30 são os novos 20, certo? Brincadeiras à parte, eu gosto de pensar que eu tenho 19 anos e muito chão pela frente. Afinal, hoje em dia é comum optar por uma vida de luxos sem muita estabilidade financeira, engravidar pela primeira vez aos 35 ou pagar a sua própria festa de casamento, sem a ajuda dos pais.

3. Apesar de tudo isso que eu falei aí em cima, também é normal ser “como antigamente”. Isso é ótimo, porque na verdade não é que o ideal de felicidade mudou: ele pode ser várias coisas diferentes, e todas elas estão certas.

4. E, por último mas não menos importante: a chegada dos 30 serviu pra que eu parasse de me perguntar tanto “por que??” e começasse a perguntar mais “por que não??”.

Novamente, não existem tantos certos e errados como eu achava. Existem opiniões diferentes, e as coisas acontecem. Simplesmente acontecem. Melhor olhar pra elas com respeito e carinho – algo muito grande pode estar guardado pra você.

E em dezembro tem festa. Afinal, agora mais do que nunca, pra mim 30 anos é uma idade para se comemorar! (Eduarda Freire)"



Tirinha: Maitena.

Agora? Isaar.

Nenhum comentário: