quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Viagem minuciosa
Sob o sol da Toscana
A Itália através da história, casas e gastronomia.
Sou fã do filme Sob o sol da Toscana. Uma comédia romântica um tanto diferente da maioria dos filmes desse gênero que se destaca pelo cuidado estético, delicadeza, enredo e atores. Pois bem, há algum tempo atrás ganhei um lindo presente de alguém que conhece o meu carinho pelo filme, o livro homônimo de Frances Mayes que deu origem ao longa. Amei!
Mas ao contrário do que eu esperava, o filme é completa e radicalmente diferente do livro. Enquanto o primeiro se trata de um romance cuja protagonista, após uma grande desilusão, decide mudar completamente de vida se lançando impulsivamente a novos desafios em um país diferente, o segundo é composto de memórias de uma escritora que também decide mudar a sua vida passando a dividir os seus meses entre o seu país de origem, os Estados Unidos, e aquele adotado pelo coração, a Itália. No entanto, a obra literária não segue a linha romântica, mas sim a do turismo que trata também das memórias dessa aventura ao lado do seu esposo, como o cotidiano deles mudou e como essa novidade transformou não apenas o seu estilo de vida, mas também as suas personalidades.
Constatar essa diferença foi até bom porque pude aproveitar os dois trabalhos de maneira independente. O livro, de fato, serviu como inspiração para o filme que se moldou como uma obra diferente na qual consta o “espírito” do original, além de algumas situações, personagens e momentos específicos.
Baseado em fatos reais, Sob o sol da Toscana apresenta a história de Frances Mayes e o seu esposo que, após visitas à Itália, decidem comprar uma casa no país. Os dois passam então a dividir o ano entre EUA e Itália e, depois de adquirir uma casa antiga há 30 anos inabitada, precisam passar por muitas situações inusitadas e complicações até conseguir o resultado almejado.
Além da transformação pessoal dos personagens e da evolução da casa, Frances presenteia o leitor com uma visita apaixonada, descritiva, minuciosa, intensa e dedicada aos povoados da região, uma apresentação às pessoas que habitam esses lugares e também à história do local. A autora, conhecedora e amante da gastronomia, apresenta ainda a sua incrível dedicação ao tema através de descrições e até mesmo de provas de amor e registra ainda em suas páginas receitas cozinhadas por ela.
Uma boa leitura para os apaixonados por viagens, em especial pela Itália, gastronomia e relatos pessoais. Para quem ainda não viu o filme, fica a dica também.
Da edição que tenho em mãos (Col. Rocco L&pm Pocket):
“Frances Mayes, exímia narradora de viagens e amante da gastronomia, nos apresenta o incrível mundo que descobriu quando comprou e reformou uma casa de campo abandonada no interior da Toscana. Com uma linguagem sensual e evocativa, ela faz com que o leitor a acompanhe à medida que vai descobrindo a beleza e a simplicidade da vida na Itália. Seguindo a tradição de turistas famosos em visita à Toscana, ela refaz passeios de D.H. Lawrence e Henry James, e consulta o poeta Virgílio. Tão talentosa na cozinha quanto ao escrever sobre vinhos e culinária, Mayes também cria dezenas de deliciosas receitas sazonais, todas elas incluídas no livro. Ao fazer pela Toscana o que M.F.K. Fischer e Peter Mayle fizeram pela Provence, Mayes fala das singularidades e prazeres de um país estrangeiro com entusiasmo e paixão. Uma enaltação da extraordinária qualidade de vida da região, Sob o sol da Toscana é um banquete para todos os sentidos, e como tal foi consagrado nas listas de mais vendidos de todo o mundo e adaptado com enorme sucesso para o cinema.”
Ontem? A Origem (dir. Cristofer Nolan) (muito bom!)
Lendo John (Cyntia Lenno) compulsivamente.
Agora? Regina Spektor.
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3 comentários:
Eu também acho o filme um charme.
Daqueles para rever de quando em quando.
Surpresa o livro ter outro contexto, mas deve ser tão bom quanto.
Bjo*
Pois é. Também fiquei surresa, mas valeu a viagem=)
Bela descrição sobre o filme...minha mãe comentou sobre ele...mas não foi uma descrição tão bem feita quanta a sua.
abraços
Hugo
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