Lendo Bala na agulha (Marcelo Rubens Paiva). De lá:
"Nunca fui nada especial. Nunca tive coisa alguma a oferecer. Comum e apático, a média era o meu lugar; o vazio costumava ser meu pensamento mais profundo, e na minha cabeça, uma neblina. Li alguma coisa. Assisti a alguns filmes. E daí?" (p.64)
"Fiquei por muito tempo indefinível sem fazer nada. Há muitos anos, me colocaram de frente a uma bifurcação e ordenaram: prossiga! Tive de escolher uma das estradas, querendo viajar pelas duas." (p. 104)
"Escureceu. Não acendi as luzes. Penumbra, poeira e vazio; muitos estímulos me largariam em pensamentos e lembranças, por isso me concentrei só no vazio." (p. 108)
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