sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Outras palavras

Lendo Bala na agulha (Marcelo Rubens Paiva). De lá:

"Nunca fui nada especial. Nunca tive coisa alguma a oferecer. Comum e apático, a média era o meu lugar; o vazio costumava ser meu pensamento mais profundo, e na minha cabeça, uma neblina. Li alguma coisa. Assisti a alguns filmes. E daí?" (p.64)

"Fiquei por muito tempo indefinível sem fazer nada. Há muitos anos, me colocaram de frente a uma bifurcação e ordenaram: prossiga! Tive de escolher uma das estradas, querendo viajar pelas duas." (p. 104)

"Escureceu. Não acendi as luzes. Penumbra, poeira e vazio; muitos estímulos me largariam em pensamentos e lembranças, por isso me concentrei só no vazio." (p. 108)

Nenhum comentário: