Conversas com Almodóvar (Frederic Strauss)

Enfim concluí minhas Conversas com Almodóvar. Infelizmente não pude tirar maior proveito do livro por ter sido “forçada” a ler de maneira espaçada e arrastada – o que é sempre ruim para mim.

Mesmo assim pude aproveitar a leitura e conhecer um pouco mais o responsável por filmes como Mulheres à beira de um ataque de nervos, Tudo sobre minha mãe e Fale com ela. Gosto muito de Almodóvar, seu estilo e da sua maneira louca de contar histórias surreais de maneira crível e emocionante. É difícil, por exemplo, contar a história de uma mulher que perde o filho e precisa revelar ao pai do garoto que ele morreu. Sendo esse pai um travesti (e olha que isso não é tudo).

Do início de sua carreira para os dias de hoje Almodóvar mudou muito o seu cinema, amadureceu, mas se manteve fiel aos seus princípios, a sua maneira de criar e de se envolver com suas histórias.

Tudo isso é abordado pelas entrevistas que tratam dos seus primeiros filmes em super oito até o longa Volver – a edição que tenho em mãos pára em Volver, não engloba Abraços Partidos, seu mais recente trabalho.

O interessante é conhecer o processo de criação e o nível de envolvimento do cineasta, além de “passear” por várias etapas de seu trabalho e da sua vida conhecendo, assim, aspectos importantes da a sua obra.

Uma leitura fascinante para os fãs de Almodóvar, mas também para os cinéfilos em geral que podem acompanhar mais uma maneira de criar, uma maneira particular.
Há pouco tempo li também Conversas com Woody Allen e fazer um paralelo ente os dois cineastas é muito interessante porque o processo criativo e a maneira de encarar o cinema é extremamente diferente um do outro. Fica a dica.


Agora? El Cuarteto de Nos.