sexta-feira, 12 de março de 2010

Ricos Pobres (Quique)


Então o curso de espanhol rendeu mais um bom fruto: o meu primeiro contato com o cartunista Quique.

Precisava escolher um livro. Dentre as prateleiras da biblioteca estava Ricos Pobres, compilação de cartoons publicados pela imprensa espanhola assinados por Enric Arenós Cortés, o Quique. Decidi levar.

Diferentemente do estilo de Maitena (último fruto do mesmo curso), os cartoon deste autor carregam um sentido político que pretende registrar e, principalmente, provocar reflexão. Fazer o seu leitor pensar sobre as diferenças sociais, a necessidade de mudar o quadro no qual ricos muito ricos sempre estão em vantagem em relação aos pobres miseráveis.

O traço simples do desenhista registra o conflito entre operários e elite. A necessidade de ajudar e, acima de tudo, enxergar o próximo. A falta de humanismo e a escassez de delicadeza, a indiferença.

Um detalhe interessante que chamou a minha intenção é a maneira como os personagens são retratados. Eles não diferem muito entre si. Os operários são quase sempre desenhados da mesma maneira. O mesmo acontece com os ricos, camponeses e os demais. Como se em se tratando de um mesmo grupo ou classe não houvesse grandes mudanças. Essa semelhança expõe o comportamento padrão de cada camada da sociedade.

Infelizmente não encontrei muita coisa relacionada ao autor na internet, mas fica a dica.

Agora? Kings of Convenience.

Próximo alvo das prateleiras do curso: livros infantis.

Filme de hoje? O Silêncio das Palavras. Ótimo. A delicadeza da diretora Isabel Coixet me comove.

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