segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Comemoramos então
Reservei o primeiro fim de semana do ano para organizar a minha agenda, marcar datas importantes e aniversários, coisas desse tipo. Isso já virou uma espécie de ritual para o qual reservo um determinado tempo, canetas coloridas e sigo marcando e marcando de janeiro a dezembro do ano em questão.
Eu tenho esse caderninho velho e surrado onde anoto os aniversários das pessoas que conheço. O engraçado é que muitas daquelas pessoas não fazem mais parte da minha vida. Colegas que se afastaram por causa da correria do dia-a-dia, pessoas que se mudaram para longe e, que por algum motivo, perdemos contato. Pessoas que continuam geograficamente perto, mas nem tanto emocionalmente. Uma em especial que nos deixou mais cedo do que os que ficaram gostariam. Pessoas que vieram, mas que por um motivo ou outro seguiram pelo outro lado da bifurcação na qual nos separamos.
Felizmente, muitos continuam presentes e cada vez mais próximos. Pessoas que, não importa o que aconteça, estão sempre por perto. Nesse caso até os que estão separados por fronteiras geográficas estão bem aqui comigo. E, a cada ano, a lista aumenta um pouco. As pessoas vem e vão. Algumas permanecem, os amigos.
Mas nunca consegui não marcar ano após ano os aniversários até dos que seguiram rumos diferentes. Não consigo apagar os nomes. E nesses dias, ao abrir a agenda sempre lembro das pessoas e dos momentos. Comemoramos então. Com alguns de perto e com outros de longe.
Agora? The Smiths.
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Um comentário:
Muito lindo este texto. Guardo de cabeça aniversários de pessoas com quem eu perdi completamente o contato. Não conseguia expressar o motivo, mas seu texto diz exatamente o porque. Beijos
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