quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Distrito 9 (District 9)


Distrito 9 (District 9)
África do Sul / Nova Zelândia/ 2009/ 112 min.
Direção: Neill Blomkamp
Roteiro: Neill Blomkamp, Terri Tatchell
Elenco: Sharlto Copley, Jason Cope, David James


É muito difícil reunir elementos como ação, efeitos especiais de primeira linha, ficção científica e aventura a uma boa narrativa, reflexões, metáforas e uma ótima história e Distrito 9 veio para provar que, sim, isso é muito difícil, mas não é impossível.
O filme dirigido por Neill Blomkamp e produzido pelo mundialmente conhecido Peter Jackson, responsável pela adaptação da trilogia Senhor dos Anéis para o cinema, é arrebatador em todos os sentidos. Desde a sua capacidade de eletrizar o espectador até as mensagens contidas nas entrelinhas de um enredo aparentemente simples.
Peter Jackson e Neill Blomkamp estavam trabalhando juntos em Halo uma adaptação de um game para o cinema. Esse projeto desandou e os dois se voltaram para Distrito 9, uma adaptação de um curta metragem do próprio Blomkamp (www.omelete.com.br/cine/100022790/Omelete_Entrevista__Peter_Jackson.aspx).
Tudo isso acabou sendo bom para nós espectadores que temos agora a oportunidade de presenciar um trabalho tão bem pensado e realizado.
Distrito 9 se passa na África onde, há 20 anos, uma nave alienígena “estacionou”. A nave permaneceu no mesmo lugar durante duas décadas devido a uma impossibilidade técnica que a impediu de seguir seu rumo. Uma vez que o objeto pairava no mesmo lugar os humanos conseguiram invadi-la e lá encontraram centenas de alienígenas posteriormente apelidados pela população de camarões.
Os camarões encontrados foram trazidos para a Terra onde passaram a viver isoladamente. Não demorou para que o espaço onde estavam confinados se transformasse em uma espécie de favela onde os seres estavam submetidos a uma situação separatista e sub-humana.
O longa funciona como um todo: os efeitos, a trilha, a história, os atores, a fotografia, mas apesar de toda a qualidade técnica alcançada o que mais chama a atenção aqui é a história em si que consegue ser, ao mesmo tempo, completamente irreal – uma vez que se trata de alienígenas coexistindo com seres humanos – e absolutamente plausível, tendo em vista que esses mesmos alienígenas representam toda e qualquer raça considerada inferior seja pela cor, credo ou situação financeira.
Os camarões oprimidos, separados dos humanos “civilizados” são submetidos a falta de direitos básicos como alimentação e moradia. São expostos, então, à violência, prostituição, exploração e tráfico.
Outro ponto interessante é que o filme mistura ficção a uma estrutura de documentário utilizando personagens, narrações e reportagens, além dos eventos que acontecem diante da tela, para construir o enredo. Não que essa estrutura seja novidade no cinema, mas foi bem utilizada aqui e funciona.
A situação é tão palpável que surpreende e, mais do que apenas entreter, Distrito 9 vai além do óbvio e faz pensar.

Agora? Kings of Convenience

4 comentários:

Simone disse...

oII Passando p/ fazer uma visita
e dizer que está tudo ótimo aqui..
um grande abraço... e da uma passada la no Reelaxx.blogspot.com

Beijos.

Geovanna A. disse...

Bom, eu vi esse filme no cinenm e realmente é tudo o que voce escreveu e um pouco mais! Uma realidade em mio as entrelinhas hahaha é realmente ótimo e concerteza um dos melhores filmes da época.
beijos linda ;*

seu gordo disse...

boa dica pra esse final de semana ! e bom finalde semana, paz sempre

dodó disse...

eu gostei muito daqui, viu ?
to te seguindo já ^^
beijos !
ps: se der, passa lá www.tipo--assim.blogspot.com