quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Meio vazio, quase seco.

Soube ontem que um apartamento próximo ao meu foi assaltado. O ladrão escalou a altura de três andares e invadiu o lugar através de uma janelinha improvável... No local havia uma mulher que estava dormindo. Felizmente, nada foi feito à esta mulher e ela nem viu a ação. O assaltante entrou sorrateiramente e levou o dinheiro que estava na bolsa da mulher.

Eu sei, isso acontece todo dia, muitas, muitas vezes ao dia e, na verdade, não foi nada em relação ao que vem acontecendo por aí, ao que os jornais não cansam de mostrar, a toda essa violência e falta de segurança que somos obrigados (as) a enfrentar diariamente nesta guerra que é sair de casa para o trabalho, para estudar ou qualquer outra coisa e tentar voltar com vida. Além de ter que lidar com a angústia que sentimos a cada vez que esperemos alguém chegar e esse alguém se atrasa porque o ônibus demorou mais do que o normal, ou por causa de um engarrafamento.

É muito difícil enfrentar esta vida sabendo que não se está seguro nem mesmo na sua própria casa, nem mesmo durante aquelas poucas horas de sono após um dia conturbado. Para mim é extremamente difícil compreender e, por mais que seja “natural” e cotidiano, para mim é inexplicável e inadmissível.

Sabe aquela história do copo pela metade? Para mim, está meio vazio e, por mais que eu queira acreditar que um dia ele estará meio cheio, acho muito improvável. Para mim a humanidade não tem grandes chances.

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