sexta-feira, 12 de agosto de 2011
...Tão maior do que aquilo que eu chamava de “eu”...
“A barata e eu somos infernalmente livres porque a nossa matéria viva é maior que nós, somos infernalmente livres porque minha própria vida é tão pouco cabível dentro de meu corpo que não consigo usá-la. Minha vida é mais usada pela terra do que por mim, sou tão maior do que aquilo que eu chamava de “eu” que, somente tendo a vida do mundo, eu me teria. Seria necessário uma horda de baratas para fazer um ponto ligeiramente sensível no mundo – no entanto uma única barata, apenas pela sua atenção-vida, essa única barata é o mundo” (A Paixão segundo G.H. - Clarice Lispector - Pág. 123)
Foto tirada por mim.
Agora? Marcelo Jeneci.
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