sábado, 30 de julho de 2011
Clube do livro
Sou péssima para emprestar livros. Na verdade é quase impossível que eu empreste algum, a não ser por aqueles amigos extremamente confiáveis, mas que mesmo assim, só levam algum título meu depois de devidamente anotado no meu caderninho de empréstimos – é, eu sei, a louca. Mas, vejam bem, eu não tenho memória, então realmente preciso anotar.
Entretanto essa troca de livros costuma existir entre alguns amigos específicos. É sempre assim. Um compra um título que acha interessante e compartilha. Logo em seguida o outro faz uma visita em casa e sai de lá com alguma obra. Um fluxo de troca interessante que garante a circulação das obras e provoca a discussão entre os que leem, certo?
Pois eis que um dos principais elos desse sistema – minha querida amiga Viviane – decidiu cursar gastronomia após o término da faculdade de fisioterapia... Ou seja, os dias da garota agora se dividem entre oS trabalhoS, a faculdade, o marido, os amigos, a família e, bom, a vida. Desde essa novidade ela não tem dado mais conta do nosso sistema nunca antes verbalizado. Ok, é compreensível, mas a biblioteca dela agora se resume a obras gastronômicas que por mais interessantes que possam parecer – e de fato são – não servem de absolutamente nada para mim. Afinal, só cozinho mesmo a paciência alheia.
Estive na casa dela no último fim de semana e não resisti. Resolvi fuçar o departamento literário decidida a encontrar alguma coisa que eu pudesse ler sem passar pelo constrangimento de não saber fazer nada na cozinha. Saí de lá com dois pequenos livros. O primeiro dessa leva foi Papel Manteiga para embrulhar segredos - Cartas culinárias de Cristiane Lisbôa, uma mistura de livro de receitas com romance.
O livro, como o título adianta, é escrito em formato de cartas e alterna as correspondências com receitas variadas. São apenas 101 páginas, mas confesso que pulei todas as receitas – é, todas – porque a quem eu iria enganar lendo instrução por instrução? Ainda assim a leitura foi agradável. O livro é mesmo leve e – com o perdão do péssimo trocadilho – doce.
Antônia é uma jovem de 18 anos que decide aprender os segredos da culinária. Para isso, acaba se indispondo com alguns membros da família que associam tal função à submissão feminina. Vai então estudar sob a tutela da Senhorita Virgínia, uma mulher exigente e rigorosa com métodos excêntricos que rege um famoso e pequeno restaurante no alto de uma montanha com apenas quatro lugares. As informações sobre a vida da jovem e o seu percurso durante o tempo de curso são diluídas no decorrer das cartas que são escritas para a bisavó da jovem.
Leitura simples e meiga. E, vamos combinar O titulo mais fofo que poderia haver!
Agora Caetano Veloso e Maria Gadu (a principal trilha da semana, vale ressaltar).
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Livros,
resenha literária
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4 comentários:
esse livro é lindo!
Adoreiiiiiiiiiiiiiii....
=)
Tb achei, Lucas=*
Fiquei curiosa, vou procurar o livro por aqui! Abraço
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