segunda-feira, 27 de junho de 2011

Foo Fighters: Back and Forth

Foo Fighters: Back and Forth (idem/ 2011/ Dir. James Moll)


Gosto do Foo Fighters, mas nunca fui uma super fã. Mesmo assim, quando soube que um cinema da cidade exibiria um documentário sobre a banda acompanhado de uma apresentação em 3D me animei bastante e, felizmente, fui conferir. A verdade é que não sou uma das defensoras do 3D, mas tudo bem. Até agora não tive grandes experiências com esse formato, mas acredito que ele seja uma boa solução para o setor musical. Há pouco fui conferir uma apresentação do U2 e foi ótimo. Pois bem, troquei as fogueiras de São João e as típicas bombinhas e estrelinhas da época por uma sessão bem interessante.

A sessão foi dividida em duas partes. A primeira, composta pelo documentário Foo Fighters: Back and Forth que, apesar de convertida para o 3D, não apresenta absolutamente nenhuma necessidade disso. Já a segunda parte consiste em uma apresentação em estúdio, na íntegra, do novo álbum da banda, Wasting Light.

O documentário funciona tanto para fãs como para curiosos, pois além de abrangente, conta com histórias interessantes sobre o mundo do rock e ainda pode apostar no carisma dos entrevistados. Em especial do vocalista, Dave Grohl.

O ponto de partida não poderia ser diferente: a morte de Kurt Cobain e o consequente fim do Nirvana, banda da qual Grohl era baterista. Essa questão é abordada a fim de mostrar as condições em que o Foo Fighters foi criado e como foi esse início. A partir daí aborda-se a história da banda tendo como linha narrativa os sete álbuns lançados no decorrer da carreira até o já citado último lançamento. Ao traçar essa linha do tempo abordam-se diversas questões desde as muitas formações, brigas, discussões e mágoas até drogas, profissionalismo, amizade e dedicação. Tanto os atuais integrantes como os que já passaram pelo grupo têm a chance de contar a sua versão da história e a impressão final é de sinceridade. Uma carreira com altos e baixos, mas acima de tudo, com muito comprometimento. Música levada a sério.

Um documentário abrangente que consegue tratar da história da banda passando pelas principais questões que a definiu. É interessante observar o crescimento de cada integrante e como a vida deles também mudou. Começamos escutando e vendo imagens (muita imagem de arquivo interessante) de jovens interessados em fazer música e terminamos vendo como esses jovens se tornaram homens bem sucedidos com famílias e, principalmente, com consciência do valor e da importância da sua música. Em um determinado momento o baterista, Taylor Hawkins, fala sobre o incômodo que sente quando é questionado sobre ser uma estrela do rock. Ele diz que não é uma estrela, mas sim um músico.

Já a segunda parte funciona melhor para os fãs que já conhecem o novo trabalho. Por se tratar de uma apresentação em estúdio já não há a coisa do público e da animação geral. Além disso, se você não conhecer as músicas pode se tronar uma experiência cansativa, afinal a sessão é longa. Deixa a desejar pela limitação do formato escolhido, mas deve agradar aos mais dedicados.

Infelizmente foram apenas duas sessões, então quem não conseguiu lugar nas salas lotadas (apesar do São João) vai ter que ir atrás do DVD.

Para relembrar um dos principais sucessos – e certamente um dos clipes mais divertidos da banda, Learn To Fly:



E ainda a música que, de acordo com o grupo, costuma ser o ponto alto e, algumas vezes, o momento decisivo dos shows até hoje, All mi life:



Sobre o doc:



Agora? Aretha Franklin.

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