quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Do que gera interesse


Dia literário hoje, não é? Então, há pouco li um texto da querida Eliza Brito no Caixeiras Viajantes sobre o livro Autores de Guias de viagem vão para o inferno? (Thomas Kohnstamm) e adorei. Ainda não conferi o livro, mas pretendo.

Engraçado como algumas pessoas conseguem escrever sobre alguma obra de uma maneira tão interessante. Esse foi o caso desse post. Gostei tanto que resolvi passar adiante. Bom, a verdade é que além de ter gostado do texto, me identifiquei com o conteúdo.

Segue:

"Desvendando o mundo pelos olhos e pelos pés

Quem me conhece sabe como sou ansiosa. E só eu sei como isso me atrapalha!
Sabe aquela história de dizer um defeito que pode se transformar em qualidade na hora de uma entrevista de emprego? Aprendi, por conta disso, a afirmar que meu maior defeito é ser ansiosa, porque sou daquelas que enquanto não atinjo a meta não sossego e que gosto de ver os resultados. Na verdade, sou ansiosa porque sou. Por qualquer motivo, porque é da minha natureza. E sou tão ansiosa que estrago grandes prazeres, como ler um bom livro com a paz e a tranqüilidade que ele merece. Mas, como acredito que tudo na vida pode ser melhorado, estou me esforçando para mudar essa realidade. E a obra Autores de guias de viagem vão para o inferno?, do escritor de guias de viagem Thomas Kohnstamm, foi a primeira que li dessa maneira. Não sei se estou melhorando ou o livro é muito agradável, ou os dois, mas foi uma leitura calma e prazerosa, como eu estava procurando.

Thomas Kohnstamm é americano e estava insatisfeito com o trabalho, gostava da namorada antiga, mas não pensava em casar, não sabia na verdade do que gostava. Aliás, gostava de viajar, mas isso não ia mudar em nada a vida dele. Cursou o mestrado em Estudos Latino-Americanos e, por isso, fala português e espanhol. Mas isso também não parecia ter sentindo algum no rumo do destino. Até que foi convidado pela Lonely Planet para escrever um guia de viagem sobre o Nordeste do Brasil. E ai a história começa. Entre casos amorosos com estrangeiras e brasileiras, digamos, complicadas; drogas; bebida; tentativas frustradas de escrever e de conhecer os melhores hotéis e restaurantes de cada lugar por onde passou; maus bocados vividos com a polícia, Thomas me levou a rever os destinos da minha terra pelo olhar de um americano, preocupado em saber o que escrever daquela vivência imediata. Como jornalista, sei bem a diferença de apenas viver e de saber que preciso escrever sobre aquilo tudo.

Passando pelo Ceará (Fortaleza, Canoa Quebrada, Jericoacara, Atins), Rio Grande do Norte (Natal, balneário de Pipa) e Pernambuco (Recife e Olinda), Thomas descobre as dificuldades de uma das profissões mais desejadas do mundo. Só para resumir, autores de guias de viagem recebem pouco, o tempo é curto, as informações exigidas são enormes, a rotina é exaustiva. E com isso ele redescobre muito de si, tudo acompanhado a descrições recheadas de aventuras e belezas. Para quem gosta de relatos e viagens, o livro é uma boa pedida. Depois dele eu já estou marcando minha passagem para o Ceará e as minhas impressões de lá, eu conto depois por aqui!" (Eliza Brito)

Imagens.

Agora? Beatles.

4 comentários:

Eliza Brito disse...

Que honra meu texto aqui!
:*

Aos litros disse...

Adorei o blog!
Abraços
http://www.aoslitros.blogspot.com/

Bruno Costa disse...

Passei pra deixar um pitaco. Eu só entro, leio e nunca comento :P

Cheiro!

Natali Assunção disse...

Que bom, Bruno. Fico feliz=)