domingo, 23 de maio de 2010

Educação (An Education)


Educação (An Education)
EUA/ 2009/ 95
Direção: Lone Scherfig
Roteiro: Nick Hornby
Elenco: lívia Williams, Dominic Cooper, Peter Sarsgaard, Carey Mulligan, Alfred Molina, Rosamund Pike, Sally Hawkins e Emma Thompson

Baseado nas memórias da jornalista Lynn Barber e adaptado para o cinema através das mãos de Nick Hornby (Alta Fidelidade), Educação se passa na Inglaterra dos anos 60, em um momento pré-Beatles no berço de uma família e um colégio conservador.

Jenny (Carey Mulligan) é uma colegial que tira as melhores notas da classe a fim de ser aprovada na universidade que o seu pai entende como a melhor alternativa para ela. Mas no meio dessa jornada a jovem se apaixona pelo playboy David (Peter Sarsgaard), um homem mais velho capaz de seduzir não só ela, como também os seus pais para que ela tenha a liberdade de estar com ele. David apresenta a jovem a tudo o que ela mais gosta: a boa música, viagens, Paris, a vida que ela sonha ter.

A cargo da direção de arte consegue reconstituir a época através de lindos figurinos, cenários e maquiagens e faz com que o espectador se sinta, de fato, na Inglaterra dos anos 60. A química entre os protagonistas também merece destaque. Carey Mulligan (indicada ao Oscar por esse papel) e Peter Sarsgaard estão muito bem – e confortáveis – no comando dos seus respectivos personagens. Além do casal principal o restante do elenco também realiza um bom desempenho, embora nem todos tenham tempo suficiente em cena para brilhar e explorar mais os personagens. Ainda assim cada um consegue marcar o longa com um bom trabalho. Educação se apresenta ainda como um filme de época com um tom atual.

Entretanto enquanto enredo Educação não apresenta absolutamente nada de novo. Uma garota jovem que acredita conhecer o mundo, além de ser capaz de tomar conta de si se apaixona por um homem mais velho, conhecedor do tal mundo que a fascina, capaz de proporcionar novas descobertas e novos sentimentos. Não é que a resolução seja óbvia, pois não é necessariamente transparente, no entanto, a história e o seu desfecho são extremamente batidos.

Além disso, a “lição de moral” deixada no término do filme se apresenta de maneira explícita e nem um pouco envolvente. A “mensagem” é abordada da maneira mais convencional possível sem provocar o menor esforço de interpretação por parte do espectador. A problemática é resolvida de maneira previsível e sob um ponto de vista bastante comum.

Apesar de ficar no meio-termo, vale a pena conferir.

PS) Comecei a ler As Intermitências da Morte, mas parei por falta de tempo e dedicação. Vou tomar jeito, juro!

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