segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Palavras Compartilhadas


As coisas mais legais de se ler um livro emprestado ou comprado em um sebo, por exemplo, são as dedicatórias contidas neles e as passagens sublinhadas. Saber que aquelas palavras mexeram com alguém por algum motivo antes de você chegar até elas é muito bom.
O livro que tenho em mãos hoje, ‘Misto – quente’ de Charles Bukowski, me foi emprestado por uma amiga muito querida. Não contém dedicatória, mas está repleto de passagens sublinhadas e anotações. Tão bom acompanhar o que despertou a atenção de alguém antes de mim. Sempre fico pensando o porquê do destaque, as relações por trás das dedicatórias... e além do livro em si encontro mais motivos para viajar.

Das palavras compartilhadas – ainda que não intencionalmente:

“Levantei-me e deixei a sala. Fui para casa. Então era isso que eles queriam: mentiras. Mentiras maravilhosas. Era disso que precisavam. As pessoas eram idiotas. Seria fácil para mim. Olhei em volta, Juan e seu comparsa não estavam me seguindo. As coisas estavam melhorando.” (página 92).

* Daquelas que não estavam sublinhadas:

“Meus pais queriam ser ricos. Por isso, imaginavam-se ricos.” (página 29).

“A consciência de que me faltava coragem para fazer o que era necessário fez com que me sentisse péssimo. Comecei a ficar enjoado. Estava fraco. Eu não queria que aquilo acontecesse, ainda que eu não conseguisse encontrar nenhuma maneira de evitar o massacre.” (página 98).

“Era mágico. Por que ninguém havia me falado a respeito disso? Com a bebida a vida era maravilhosa, um homem era perfeito, nada mais poderia feri-lo.” (página 105).
“Eu havia rompido com a religião alguns anos atrás. Se houvesse alguma verdade por trás dela, era uma verdade que idiotizava as pessoas ou atraía mais idiotas. E se por acaso a religião não contivesse em si verdade nenhuma, os tolos que nela acreditavam seriam então duplamente idiotas.” (página 153).

Terminei o livro essa noite.

Imagem: www.os-livros-da-minha-estante.blogspot.com

Agora? Céu (Vagarosa). Nesse primeiro contato gostando muito das faixas 'Cangote' e 'Bubuia'.

7 comentários:

Gustavo disse...

é interessante como as palavras se nos veem sem pedirmos. E de bom grado as recebemos...
Abraços,

Gustavo

Hugo de Oliveira disse...

Eu amo...livros...

emprestado, comprados ou roubados...rsrs

abraços


Hugo

Luciane Miranda disse...

Trexos bem legais os que vc coloca aqui
^^
gostei mtu
blog legal tbm
xD

visite-me tbm
xD
bjs

Bruno Henrique Silva (Boo) disse...

"Com a bebida a vida era maravilhosa"

entaum vamos bebeeeeeer!!

:**

Geovanna A. disse...

goooostei muito do seu blog, to seguindo
beeeeeeeeijos ;*

. disse...

Eu adoro ler, adoro livros e frequento sebos! hahaha

Beijão menina!;***

Anônimo disse...

Gratidão
Provavelmente você já deve ter ouvido falar na expressão que se não temos tudo o que queremos, é importante aprender a valorizar tudo o que já temos. Acredito e muito no poder dessa valorização. Chamo-a de gratidão-terapia. É um processo de consciência dos passos que vamos dando em nosso dia-a-dia e de sua devida importância. A maioria de nós ao olhar para o passado e contrastá-lo com a vida que tem hoje sempre vai poder encontrar pontos positivos e outros negativos em que pode fixar sua atenção. E claro que, dependendo da escolha que fizermos, teremos resultados correspondentes. Ter metas, prazos a cumprir e sempre estar buscando algo melhor que já temos pode ser uma ambição salutar e impulsionadora, mas ao fecharmos os olhos e não dimensionarmos o que já conquistamos, corremos o risco de nos tornarmos prisioneiros de nossa insatisfação constante. Dessa forma, a gratidão-terapia nos traz de volta a realidade, nos mostrando os passos dados e nos ajudando a sentir como já progredimos na vida.
Valorizar suas conquistas, por menores que sejam, é atitude muito importante. Normalmente temos o hábito de ver o que não temos, ao invés de nos educar para valorizar o que já temos. Olhamos para o dia ensolarado e pedimos o dia frio. Chega o frio e pedimos o calor. Sem perceber vamos nos acostumando a reclamar de tudo, por hábito de reclamar e sem nos darmos conta acabamos poluindo a imagem que temos da nossa vida. Não faça isso. Seja justo com você! Se há situações difíceis a se conviver, sempre há as situações agradáveis. Nunca é demais lembrar que somente pode reclamar do chefe quem tem trabalho. Que somente pode-se reclamar dos filhos porque eles estão lá. Ninguém sem família reclama das discussões em casa. Seja justo. Dois pesos, duas medidas...A idéia não é fechar os olhos para o que está fora do lugar, mas abri-los para perceber o que já está dentro do lugar. Experimentar a energia da gratidão ao pagar uma conta, porque se tem como pagá-la ou por estar preso no trânsito porque se tem um carro para estar ali é atitude muito mais lúcida do que cômoda. Ou você conhece alguém que é ingrato e é feliz? Eu não conheço ninguém assim.
Boa parte da humanidade quer paz espiritual, crescer na carreira, prosperar justamente, uma boa saúde e uma família feliz. Mas o que muita gente não se dá conta é que já tem muito do que deseja, mas não dá o devido valor. Cuidado! Não é preciso que percamos o que nos é muito caro para aprendermos a valorizar o que já temos. É essencial passo a passo caminharmos rumo a novos progressos, sem perder de vista tudo o que já amealhamos. É como dizem os viajantes: o melhor da viagem não é chegar onde se quer, mas a viagem em si, sentindo aquela brisa gostosa batendo em nosso rosto enquanto temos consciência que estamos ali, viajando, desfrutando intensamente daquele momento. Sem dúvida, a gratidão-terapia é algo para refletirmos a respeito.

Que você tenha um lindo e maravilhoso dia Antonio

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