Realmente devo ser intelectualmente menos favorecida porque estou apanhando muito deste livro. Tudo bem que ler uma história como esta no ônibus não ajuda em nada, mas estou com a compreensão de um pires neste caso.
Nem tudo está perdido. O enredo básico está claro, o problema é acompanhar os motivos, teorias e explicações que rodeiam os personagens...
Exatamente agora: página 77 de um total de 293 (ainda tenho esperanças) e acabei de perder um diálogo inteiro entre o protagonista e um psiquiatra. Ok, mais uma vez: o básico foi captado, o problema foi acompanhar (tentar, no caso) os conceitos... Nossa!
Mesmo assim nem passa pela minha cabeça abandonar a leitura. As sacadas do escritor (as que não passaram em branco hehe) são sempre boas e a maneira como ele escreve muito me agrada. Gosto da narrativa livre, desfragmentada que se desenrola aos poucos. A história vem em partes e um tanto “misturada” para se encaixar com o tempo.
Último trecho do livro destacado por mim:
“A distinção entre sanidade e insanidade é mais estreita que o fio de uma navalha, mais afiada que os dentes de um perdigueiro, mais ágil que uma gazela. Ela é mais difícil de vislumbrar do que o mais sutil fantasma. Talvez ela nem sequer exista; talvez seja mesmo um fantasma.”
O mais interessante é que, desta vez, a história de Philip K. Dick não se passa no futuro – como de costume -, mas a sensação futurista permeia toda a narrativa.
Infelizmente, dou continuidade a leitura no ônibus, mas espero que tudo flua melhor entre os solavancos da manhã que se aproxima.
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