quarta-feira, 18 de março de 2009

Valis (Mais um)

Realmente devo ser intelectualmente menos favorecida porque estou apanhando muito deste livro. Tudo bem que ler uma história como esta no ônibus não ajuda em nada, mas estou com a compreensão de um pires neste caso.

Nem tudo está perdido. O enredo básico está claro, o problema é acompanhar os motivos, teorias e explicações que rodeiam os personagens...

Exatamente agora: página 77 de um total de 293 (ainda tenho esperanças) e acabei de perder um diálogo inteiro entre o protagonista e um psiquiatra. Ok, mais uma vez: o básico foi captado, o problema foi acompanhar (tentar, no caso) os conceitos... Nossa!

Mesmo assim nem passa pela minha cabeça abandonar a leitura. As sacadas do escritor (as que não passaram em branco hehe) são sempre boas e a maneira como ele escreve muito me agrada. Gosto da narrativa livre, desfragmentada que se desenrola aos poucos. A história vem em partes e um tanto “misturada” para se encaixar com o tempo.

Último trecho do livro destacado por mim:

“A distinção entre sanidade e insanidade é mais estreita que o fio de uma navalha, mais afiada que os dentes de um perdigueiro, mais ágil que uma gazela. Ela é mais difícil de vislumbrar do que o mais sutil fantasma. Talvez ela nem sequer exista; talvez seja mesmo um fantasma.”
O mais interessante é que, desta vez, a história de Philip K. Dick não se passa no futuro – como de costume -, mas a sensação futurista permeia toda a narrativa.

Infelizmente, dou continuidade a leitura no ônibus, mas espero que tudo flua melhor entre os solavancos da manhã que se aproxima.

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