domingo, 11 de janeiro de 2009

Nunca Subestime Uma Mulherzinha



Nunca acompanhei a trajetória do Pato Fú, na verdade, nunca nem gostei desta banda, embora também nunca tenha desgostado. Ouvia algumas músicas que sempre achei legais e sempre considerei a voz da vocalista (Fernanda Takai) muito agradável, mas sempre, sempre detestei a música Made In Japan, só por causa da sua melodia que nunca me agradou.
E foi por causa dessa música que eu nunca procurei nada sobre eles até que, no ano passado, eles tocaram no carnaval do Recife e como uma amiga minha é muito fã e o show era de graça resolvi conferir. Foi aí que minha percepção mudou! Quando eu vi do que esse pessoal é capaz de fazer no palco e que eles são muito, mas muito mais do que Made In Japan. E que Fernanda Takai é muito, mas muito mais do que apenas uma voz agradável. Realmente dei o meu braço a torcer e reconheci que esta é uma banda muito boa e bem acima da média.
Apesar disso, não fui atrás de muita coisa deles, desta vez não por preconceito, mas por falta de oportunidade, entretanto há alguns meses, Fernanda Takai virou um assunto mais recorrente na mídia devido ao lançamento do seu CD solo e do seu primeiro livro, Nunca Subestime Uma Mulherzinha. Tive a oportunidade de ver algumas entrevistas com ela (a de Marília Gabriela foi maravilhosa) e ler uma coisa aqui e ali. Eu mesma produzi uma matéria quando ela veio fazer o show de lançamento do CD no Recife.

Dei uma folheada no tal livro, que é uma compilação de contos e crônicas escritos por ela para os jornais Correio Brasiliense e O Estado de Minas, e me interessei bastante pelo pouco que li. Acabei comprando o livro há pouco tempo porque o interesse e a curiosidade estavam grandes demais. Ainda bem!
Salvo pouquíssimas exceções, adorei os textos que são de uma leveza que impressiona. Fernanda consegue abordar temas corriqueiros de maneira impressionante e pessoal, desde um pente de estimação a uma compulsão por lanchinhos da tarde, por exemplo. E tudo o que parece ser uma coisa, pode ser outra. Mas todas as histórias são apresentadas com emoção e sinceridade, o que faz toda a diferença.
Já o prefácio, assinado pela cantora Zélia Duncan, deixa o leitor com água na boca. A estética do livro também não poderia ser mais apropriada. As cores singelas da capa e também os desenhos simples e delicados que permeiam a narrativa, ajudam o leitor a imergir nas histórias doces, porém nada melosos da autora.
São textos simples e bem escritos sobre assuntos pessoais e sociais permeados por delicadeza, boas maneiras, educação, sutileza, fluidez e muita leveza.
Definitivamente uma boa leitura! Leve, doce, mas também ácida, singela e também grandiosa.

No momento? Crepúsculo, de Stephenie Meyer. É, me rendi... Ainda mais porque cansei de escutar que a protagonista parece muito comigo. Resolvi constatar por mim mesma. E, quer saber? Ainda estou bem no comecinho da história, para ser mais exata, na página 49 e até agora tá muito parecida mesmo...
Confesso que, mais uma vez fiz o caminho inverso, primeiro vi o filme e só agora vou ler o livro... Vamos ver no que dá.

PS) Não é que agora tô doida para escutar mais coisas e conhecer melhor o Pato Fú?

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